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Oi, morte

Oi, morte Ontem eu fugi. Vontade de viver só comigo. Conhecer a morte fez isso. Não precisa morrer pra conhecê-la.  Escolhi um café como companhia. Alguém passa falando alto e me irrito. Não se pode sofrer como quer? No fundo sei que nem chego perto da dor máxima. Deus não deixa. De vez em quando Ele abre uma janela e me chama pra debruçar nela. Aí sim, nesses momentos sinto uma partícula da grande tristeza e percebo Seu cuidado , de novo. Porque a lasca que a morte tira (da alma, do coração, do ser) é algo que incomoda o tempo todo, até mesmo quando esqueço dela. Plantou um vazio estranho e lágrimas sempre prontas a descerem pelas bochechas. Inclusive agora elas estão como orvalho, ainda nos cílios.  O kimono do luto me vestiu quando voltei pra casa e à minha rotina. Tudo ficou pesado . Um pesar que passou a fazer parte das minhas células. Até em momentos leves ou quase felizes, sinto um oco, um eco. Lembro dele sem lembrar. Esqueço dele sem esquecer. Eu era curiosa sobre a mort