Pular para o conteúdo principal

Minha Terapia

 Minha Terapia

Regador aguando o cérebro. Figura sobre terapia. Blog Sem Papas.

Só em maio de 2022 comecei essa experiência tão importante: sessões de terapia e resolvi resgistrar cada uma aqui.

Sempre acreditei que todas as pessoas precisam de terapia, afinal o autoconhecimento pode aliviar pressões, promover mudança de rota e fazer sofrer menos. 

Mesmo assim não me permiti essa experiência anteriormente e as desculpas são algo como a rotina intensa com um filho que tem deficiência nos últimos dez anos e a falta de coragem mesmo, porque sim, pra mim envolve superar dificuldade de exposição dos sentimentos.

Engraçado que a maior dificuldade é com quem convivo, dificuldade de expor o que sinto, mas com uma profisisonal não, e essa primeira foi trava para procurar tal recurso. Coisas da mente. Coisas que gosto de observar e assimilar.

Sou extremamente observadora de tudo, de dentro e de fora. Crítica também nas mesmas esferas. Tenho dificuldade em focar nos problemas e consequentemente muito direcionada à solução. Por vezes eu mesma me avalio no limite da frieza e me incomoda.

Gosto tanto de buscar soluções que gosto até dos problemas alheios para ajudar a resolver. Fala sério. Tara por quebra-cabeças? Nos últimos dois anos policio esse impulso e já não gasto tanta energia com questões que não me pertencem, até porque percebi mais de uma vez que estava mais interessada que o próprio tutor do impasse.

Bem, 41 anos de vida, 21 anos de casamento e um filho com deficiência rara há 10 anos são suficientes para procurar um psicólogo não é mesmo? Além disso todo o meu jeitinho ariano de ser, somado a genética e convivência com pais que reforçaram a natureza. Resultado: uma mente cansada, exigente e triste.

E não sei ser triste. Minha fé em Deus fica me cutucando com dedos rígidos quando não me sinto grata, o que me faz sacudir a cabeça como se quisesse espantar um pensamento ruim pelo solavanco, na tentativa de mais uma vez agradecer pelas inúmeras bençãos e sorrir. Mas isso não vinha funcionando muito bem.

Certamente os quase três anos de isolamento rigoroso pela pandemia devido à gravidade das repercursões que teria a COVID em meu filho, contribuiram para intensificar reações, sentimentos e cansaço sobre questões que ficavam camufladas em dias de normalidade com muito mais movimentos e convivências.

O casamento por si só vem sendo desafiador. Se você é casado deve saber do que digo. Mesmo em convivências felizes há muito a ceder e conceder por ambos numa relação. Nunca é fácil mas nem sempre é tão desgastante. As personalidades imbutidas dentro das quatro paredes fazem toda diferença no resultado da conta e por aqui essas são danadas.

Então com essa mente exaurida, com o corpo gritando os efeitos adversos e sedenta por falar, marquei com a psicóloga. Nosso encontro virtual ficou marcado para todo sábado à tarde.

Aqui eu registro algumas reflexões surgidas durante as sessões de terapia que fiz.

Sessão 1: 

Sessão 2:

Sessão 3:

Sessão 4:

Sessão 5:

Sessão 6:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Muito prazer!

Muito prazer! Olá! Como vai? Esse é um blog pessoal , cheio de sinceridade. Verá aqui minhas reflexões sobre tudo que amo ou não. Nada de bandeiras ou doutrinar pessoas. Mãe de filho com deficiência e esposa em construção.  Amo escrever e aqui é meu cantinho para praticar. Um blog para quem ama café , escrita , leitura , ar livre, animais, outras coisas e refletir um cadinho. Sou Ludmila Barros, já passei dos quarenta, moro em Belo Horizonte/MG, meu filho  pré adolescente tem um irmão canino chamado Álvin.  Sou casada há mais de vinte anos, pasmem, com o mesmo marido. Caçula de três irmãos, nascida e criada em Ipatinga/MG, onde morei até meus trinta e três anos. Uma infância simples, sem faltas.  O sustento da familia sempre foi de um bar que funcionou por muito trabalho dos meus pais . Bar que me ensinou muito. Gostos Apaixonada por café mas não viciada. Se pudesse teria um sítio só para ter quantos animais quisesse.  Não consigo ler mais de um livro por vez, mas devoro todos

Mãe guerreira

 Mãe guerreira "Nossa Ludmila, vocé é uma mãe guerreira , viu?" Uma vizinha querida me disse essa frase enquanto aguardávamos o elevador.  Não foi a primeira vez que ouvi isso nos últimos onze anos, mas dessa vez parece que prestei mais atenção e percebi algo diferente. Já mencionei sobre essa expressão em alguns posts no Instagram, levantando a questão de frases feitas que podem  romantizar situações ou simplesmente serem termos que de nada valem. Não que me incomode ser chamada assim, longe disso. Geralmente percebo empatia  genuína pelo locutor.  Na verdade também tenho um pouco de ranço de regras demais em torno do que se pode falar hoje em dia. Até onde tem respeito , meus ouvidos e meu coração não se incomodam. Sobre romantizar Mas pra quem está aqui nessa  leitura , sobre romantizar, que também me parece verbo da moda, soa como camuflar um mundo que não é encantado.  Dizer que a mãe de uma criança com deficiência  é guerreira, é especial, é iluminada, é um ser melhor

Ser mulher - Desabafo

Ser mulher - Desabafo Deus me perdoe, mas ser mulher é difícil pra cara-ca. Falarei por mim, na primeira pessoa, para que não invada os achados da cabeça de ninguém e também pensando no universo do relacionamento amoroso, mas cabe em diversos cenários. Saber da beleza de ser mulher é lindo. Manter o ritmo de ser mulher é que parece não ser fácil.  Quero falar das partes chatas mesmo, como desabafo. Saiba que conheço e valorizo o belo no feminino. Começo pelo desgastante lidar com assédios desde a infância. O sexo oposto é implacável em seus desejos até mesmo com crianças. E não é só com aqueles que assediam própria e pontual ou doentemente.  Por ser mulher sempre tive que ter pudores, cuidados e pisar em ovos para que não sugerisse algo a mais. E pior, mesmo com toda essa merda de precaução ainda sofri diversos momentos constrangedores. Amizades, ponto de ônibus, trabalho... todo lugar é lugar pra isso. Só aqui já bastaria, mas não, tem muito mais. Em seguida me vem à mente a submissã